quarta-feira, 28 de setembro de 2016

- fortaleza munamú -

I.

Em cada intervalo de pontes
Há emaranhados de pensamentos
Que estagnados sob o sol
Fervem a cabeça até sumir
Nos grãos de areias
Lembranças dos atritos de pele
Que ali um dia aconteceram

II.

No universo sob a copa das tuas árvores
Um dia me descobri eu gigante
Aprendi a linguagem dos peixes da fonte
Das lagartas e formigas debaixo dos bancos
Da pessoa que por dentro é carnaval
E da minha

III.

São entranhas com cinza dominante
Que possuem quase mais cor que o amor
Nas esquinas tombos de desconhecidos
Perpetuados por uma razão pessoal a seguir
Buzinas vozes gritos e choros compõem tua valsa

Há uma melancolia bem maior ali do que em toda a cidade

Um comentário:

  1. Por um momento não me lembro mais a forma que encontrei seu blog, mas de qualquer forma, agradeço por tê-lo encontrado. É difícil comentar algo já que não tenho palavras; apenas imagino quanto tempo deve ter demorado pra escrever algo tão belo. Mas pelo que vi no resto do blog, escreve com tremenda facilidade.
    Deixo aqui minhas congratulações.

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