I.
Em cada intervalo de pontes
Há emaranhados de pensamentos
Que estagnados sob o sol
Fervem a cabeça até sumir
Nos grãos de areias
Lembranças dos atritos de pele
Que ali um dia aconteceram
II.
No universo sob a copa das tuas árvores
Um dia me descobri eu gigante
Aprendi a linguagem dos peixes da fonte
Das lagartas e formigas debaixo dos bancos
Da pessoa que por dentro é carnaval
E da minha
III.
São entranhas com cinza dominante
Que possuem quase mais cor que o amor
Nas esquinas tombos de desconhecidos
Perpetuados por uma razão pessoal a seguir
Buzinas vozes gritos e choros compõem tua valsa
Há uma melancolia bem maior ali do que em toda a cidade