quinta-feira, 11 de abril de 2013

calma, menino


possuo um auto conhecimento
flagelado.
saio da cama da paloma e
não sei pra onde ir,
porque na verdade
não queria sair de lá,
nunca quis.
chá era nossa válvula de escape
e seus olhos também, era
difícil distinguir o que
brilhava mais, se eram seus olhos
ou seus cabelos.
nicolelis me alertou:
se machuca-la, vou atrás de você.
jurou-me nunca te abandonar.
segundo ele, te via em todos os lugares
terminal da lagoa, na saída do metrô
na paulista, nos espaços que sobram
entre os tijolos daquela construção da esquina.
antes de espera-lo terminar, o interrompi:
calma, rapaz, calma que a alma daquela ruiva
de alguma forma, pertence a ti.

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