segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

quando mergulho
quando mergulho fundo
é pra buscar os pedaços
os pedaços de tempo dormentes
tempos dormentes que me sustentam
quando volto, se volto
é pra salvar alguém que se afoga
que se afoga na beira de si
na beira de si que é maior que o mundo
e o mundo é bem pequeno
bem pequeno do tamanho do buraco
do buraco de uma minhoca que adora
que adora mergulhar na terra
mergulhar na terra pra buscar seus pedaços
seus pedaços de tempos também dormentes

2 comentários:

  1. Tem aqueles poemas que a gente termina sem saber o que dizer. fica só degustando a sensação. esse é desses. fiquei meio 'wow'. sei lá.

    beijo

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