pelos muros da cidade
escreveram teu nome
meu nome
o nome e os desejos
dos que não pensam só em si
absorvidos pelo concreto
os sentimentos foram compartilhados
com os que isolados foram
por muros cadeiras e gravatas
agora acinzentados a mandato
de quem mata e veta a vontade
dos que sustentam nos joelhos
as cores da bandeira
qual a culpa que carrega quem usa uma lata?
uma tinta?
e de quem mata? e rouba milhões?
a balança tá quebrada faz é tempo
tão escrevendo na poeira branca que tá se formando
democracia com a ponte dos dedos pra depois sentir o cheiro
lindo. poesia bonita.
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