sábado, 26 de novembro de 2016

as singularidades nos fazem nos perder
enquanto o sol se pôr no canto dele
para tudo haverá uma saída
cada onda do mar é contada a dedo
pelos poetas cegos que sentam de costas pro mar
os poetas cegos andam com os ombros desalinhados
a maioria não penteia o cabelo e gostam de cavalos marinhos
as calçadas que fazem parte dos caminhos deles moram perto
do lugar onde o vento aprendeu a assobiar sem fazer barulho
há um buraco nos poetas cegos que quando percebidos viram luz
eu quero ver a cor dos ventos dos poetas cegos contigo
enquanto tu me conta porque chorou ou não noite passada

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