terça-feira, 9 de agosto de 2016

Eu descobri o que quero fazer da vida. Abraçar as pessoas.
Como assim abraçar as pessoas?
Abraçar as pessoas. Abraçar. Pessoas.
E tu quer ganhar dinheiro com isso? Abraçando? Pessoas?
Parece idiota pra tu, né?
Por que eu iria querer um desconhecido me abraçando?
Tu negaria o abraço de um desconhecido em uma tragédia?
Mas.... Tu iria ter que esperar as tragédias acontecerem?
Elas acontecem o tempo todo, Marcelo.
Sim, mas... Tu então quer sobreviver de tragédias?
Não, eu quero abraçar pessoas. Esquece as tragédias. Péssimo exemplo.
Esqueci que há dois meses não conseguimos conversar.
Esquece as tragédias, Marcelo...
Essa não tem como esquecer.
Eu sei que não. Podemos andar de mãos dadas um pouco?
(...)
Teus dedos tem meu formato de dedos favorito.
Isso é sério?
É. Esqueci que tu não entende meus elogios.
Eu sempre penso que pode ser algum tipo de piada.
Tu não gosta das minhas piadas?
Só quando são engraçadas.
(...)
Ei, sobre os abraços.
O que?
Eu quero um.
Tu tá me pedindo um abraço?
Tô.
A gente pode andar um pouco assim agora.
Mas, nossos corpos estão muito, muito tortos.

Eu tô confortável.

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