domingo, 14 de fevereiro de 2016

Chega uma hora que chega.
Passa um dia e o homem não atravessa mais a rua do mesmo jeito, ninguém nota, mas agora ele está sozinho.
O sinal daquela esquina tá sempre verde, mas quando o tempo de chegar passou, justamente quando o tempo de chegar passou ele fica vermelho por dias.
E por falar em dias... O mar não toca meu corpo há dezoito.

Os latidos dos cachorros do vizinho entraram na minha cabeça e agora consigo torna-los partes dos meus cenários imaginários. É até estranho quando penso em ti em silêncio. Tenho medo de ser engolido por meus pensamentos quando estão em ti.
Não importa em que lugar do meu subconsciente eu esteja, sempre vai começar com uma picadinha de agulha e quando eu menos esperar vai ser transformar num mar de peixes mortos por mim, caindo sob mim.

São assim, meus pensamentos me mantém na beirada do abismo gigante que eu sonho em pular e voar, sem asas, sem aulas de vôo e sem um trampolim gigante pra me guardar lá no fundo.

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