terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Carlos, ontem no meio da noite eu vi uma nuvem.
Ela se destacava na imensa escuridão noturna por causa do seu formato e pela mais bela solidão.
Sua solidão me soava como música, Carlos. Eu tive medo.
Eu tive medo e logo, eu tive vontade de fugir.
Mas Carlos.... Eu não consegui fugir. Meus pés criaram raízes perto daquela nuvem que nem sequer se movia. Neste exato momento me perguntei se aquela realidade era segura pra mim.
Por que alguém se fixa em uma nuvem parada, perdida na infinita escuridão e derramando solidão?

Carlos, eu não soube responder.

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