sábado, 9 de julho de 2016

todo mundo pensa que tem um par 
e que ele nasceu com um dom
o de te fazer mais leve fazer azul
de te deixar flutuando numa superfície nu
eu queria voar a um metro do chão
onde sem me esforçar possa ser livre 
sem precisar soltar a tua mão
teus dedos longos traçam em mim 
direções nas quais sem medo embarco cega
nada que me toque faz como teu cheiro
que brutalmente me encontra
encurrala adentra e abala
tudo que está em paz
as tardes perdem a cor o céu não sabe andar
por onde anda aquela dor que dá em te olhar
não tenha pressa o mês nem acabou
não é nem dia dez o telefone ainda não tocou
quando a maré encher e a lua acompanhar
te prometo que nós vamos nos encontrar

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