domingo, 17 de abril de 2016

posso fazer chover
na palma da tua mão
basta olhar pra mim
sem escorregar no não
e se tu tiver com frio
eu mudo de ideia

o céu tá limpo mas
a cidade tá lotada de buzinas
e eu vi tua bike presa na esquina
então espero meu ônibus
esperando tu passar
pra salvar o dia com o olhar

o álcool te faz apontar pras estrelas
e gritar o nome de cada uma
bonito mesmo é ver tu sem palavras
quando aponta pra lua
profano teus sonhos inacabados
e teus dedos na areia são um filme

a intensidade é cabível a nós
nada foge das nossas entrelinhas
no final do dia quando deito
tenho infinitos na testa
dançando sobre minhas sobrancelhas
e abafando tudo que detesto

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