às vezes eu caio
e caio num rio
às vezes eu rio
e n'outras me afogo
em primeiro ato
falho e olho
simultaneamente
tento de novo
perdi meus dedos
sonho com pedras
já caí em rio vermelho
em rio amarelo
e em rio que não existe
nunca entendi
o silêncio das pedras
mas já ouvi
muito delas
e aprendi a só cair
em rio que ri
quinta-feira, 18 de julho de 2019
domingo, 14 de julho de 2019
eu não contei nada a ninguém -
permaneci calada e atenta
sem ter que me atrepar em árvore
pra ver o que tem do outro lado
eu ouvia baixinho um impulso
e ficava costurando motivos
para me manter na sombra
foi num dia de sol não de chuva
o céu parecia calado mas alguma coisas
estavam se mexendo mais que o normal
muitos pés e cabeças explodindo
o mundo girando bem perto -
já era noite perto do fim
o mundo girando bem perto -
já era noite perto do fim
depois foi num dia de chuva não de sol
depois foi num dia de sol não de chuva
depois foi num dia de lua
depois é hoje
depois foi num dia de lua
depois é hoje
terça-feira, 30 de abril de 2019
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
segunda-feira, 26 de março de 2018
movimento dos barcos
São gestos que carinhosamente se completam nos corredores.
Parecem apenas dois olhares, mas o acalentamento não é proporcional ao apenas.
Gatilhos de alívio são necessários contra o esgotamento de si.
Ninguém deve se sentir só.
Atos de carinho estão na lista de gestos em instição.
O casal que andava rápido de mãos dadas agora, por um fio, quase andam em lados opostos da rua. Tenho medo de um dia os rios se dividirem por vaidade.
A brincadeira agora é saber quem chora mais. Entre subir paredes e imergir em sopros fico com a segunda opção apenas por saber nadar.
Tento entender o que os olhos de muitas pessoas estão falando. Tento entender por onde é melhor entrar. Tento entender o porque de ter que tentar entender. E tento não pensar no casal que não passa há três dias.
Parecem apenas dois olhares, mas o acalentamento não é proporcional ao apenas.
Gatilhos de alívio são necessários contra o esgotamento de si.
Ninguém deve se sentir só.
Atos de carinho estão na lista de gestos em instição.
O casal que andava rápido de mãos dadas agora, por um fio, quase andam em lados opostos da rua. Tenho medo de um dia os rios se dividirem por vaidade.
A brincadeira agora é saber quem chora mais. Entre subir paredes e imergir em sopros fico com a segunda opção apenas por saber nadar.
Tento entender o que os olhos de muitas pessoas estão falando. Tento entender por onde é melhor entrar. Tento entender o porque de ter que tentar entender. E tento não pensar no casal que não passa há três dias.
domingo, 18 de março de 2018
A capacidade de aguentar,
por uma razão desconhecida,
um respiro antes da morte.
Invisível, a corrosão começa
silenciosamente amarelada
e o tempo começa a respirar
perto do teu ouvido.
Nunca entende as palavras,
mas sabe pelo levantar da pálpebra
que a linha de chegada se aproxima.
Correr contra corroer,
impossível tarefa para
os que não sabem o que passa.
Estruturas inexistentes
começam a fazer sentido
num plano indesejável
e a capacidade de aguentar
começa a se esvair.
por uma razão desconhecida,
um respiro antes da morte.
Invisível, a corrosão começa
silenciosamente amarelada
e o tempo começa a respirar
perto do teu ouvido.
Nunca entende as palavras,
mas sabe pelo levantar da pálpebra
que a linha de chegada se aproxima.
Correr contra corroer,
impossível tarefa para
os que não sabem o que passa.
Estruturas inexistentes
começam a fazer sentido
num plano indesejável
e a capacidade de aguentar
começa a se esvair.
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